Até as mantas de retalhos fazem mais sentido [O comprador até pode achar que cada quadradinho é atirado para ali sem rei-nem-roque, mas estou convencida de que há quem se encarregue de fazer os "estudos para uma manta de retalhos", como os pintores, por exemplo]. Ora, uma boneca de trapos à primeira vista é bonita, sempre de sorriso nos lábios, quase sempre em tons de cor-de-rosa bebé [que, por acaso, é uma cor que na maioria das vezes me dá náuseas de tão morta, mas ali joga bem] e um vestidinho de flores a lembrar a Primavera. Por dentro só os "engenheiros" as conhecem. Aqueles que de tão diabólicos ou, tão-só, interessados agem que nem faquires rasgando-as para conhecer o que lhes vai dentro. E a imagem pode ser aterradora: uma confusão de bocados de algodão ou esponja de vários tamanhos e cores, geralmente ásperos ao tacto, que sufocam de tão condensados para parecerem bem a quem lhes passa os olhos pela primeira vez ou muitas vezes mas que se fica sempre só pela superfície.
Quem disse que por dentro as pessoas não podem parecer-se com bonecas de trapos?
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