Jornalista - Qual a vossa intenção com esta manifestação?
Rapaz do carrossel - Nós temos direito à nossa indignidade! Temos que preservar a cultura do nosso país, o que falta a este país é mais culturismo!
domingo, 31 de janeiro de 2010
Complexo de Édipo
É a voz. Tenho a certeza. A da mãe é exactamente igual à da mulher. Seja no timbre a dar para o agudo, seja nas palavras frequentemente acabadas em "inho" quando fala com as crianças, seja na forma cantada com que as emite. E foi assim que concluí definitivamente o que há muito suspeitava: encantou-se pela mulher que lhe lembrava a mãe.
Sem saber muito bem porquê, diz que se apaixonou, um dia. Ela era amável, simpática, "boa pessoa". Não incrivelmente bonita ou "boazona" mas... aquela que viveria deslumbrada com ele, seria uma excelente mãe de família, amorosa, arrumada, faria bons cozinhados ao domingo e encantaria o seu primeiro amor: a mãe.
Sempre foi o menino da mamã, o único, aliás. Cheio de miminho desde que nasceu, o novo macho do núcleo, ainda hoje recebia o pequeno almoço na cama, quando dormia em casa dos pais. Lá ia a mamã dar-lhe exactamente o que gostava, como gostava, à hora certa, sempre preocupada se seria de menos ou não estaria do seu agrado.
Com a mulher foi igual. Foi "cuidado" por ela, amado por ela, retribuindo-lhe num amor grato, presente, mas não apaixonado. Consolidava uma vida tranquila, criando uma continuidade ao estilo com que cresceu e, acima de tudo, junto daquela que fora abençoada pela matriarca.
Continua o mesmo menino mimado, embora mais crescido. Com as mesmas exigências, birras e amuos de cara feia para quem não lhe fez mal nenhum. Geriu melhor o complexo, sem nunca o resolver de todo. Até porque o primeiro amor nunca se esquece, é para toda a vida.
Sem saber muito bem porquê, diz que se apaixonou, um dia. Ela era amável, simpática, "boa pessoa". Não incrivelmente bonita ou "boazona" mas... aquela que viveria deslumbrada com ele, seria uma excelente mãe de família, amorosa, arrumada, faria bons cozinhados ao domingo e encantaria o seu primeiro amor: a mãe.
Sempre foi o menino da mamã, o único, aliás. Cheio de miminho desde que nasceu, o novo macho do núcleo, ainda hoje recebia o pequeno almoço na cama, quando dormia em casa dos pais. Lá ia a mamã dar-lhe exactamente o que gostava, como gostava, à hora certa, sempre preocupada se seria de menos ou não estaria do seu agrado.
Com a mulher foi igual. Foi "cuidado" por ela, amado por ela, retribuindo-lhe num amor grato, presente, mas não apaixonado. Consolidava uma vida tranquila, criando uma continuidade ao estilo com que cresceu e, acima de tudo, junto daquela que fora abençoada pela matriarca.
Continua o mesmo menino mimado, embora mais crescido. Com as mesmas exigências, birras e amuos de cara feia para quem não lhe fez mal nenhum. Geriu melhor o complexo, sem nunca o resolver de todo. Até porque o primeiro amor nunca se esquece, é para toda a vida.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Com toda a certeza, não diria melhor
Uma pandemia da China
Aquele "A" da gripe A é aparentado com aquele que os espectadores de jogos de futebol soltam quando a bola bate no poste: ah! Pensei que era golo... Com a gripe sucedeu o mesmo. Gripe ah!, já me foram ao bolso
5:57 Quinta-feira, 28 de Jan de 2010
Divisas provenientes de todo o mundo entraram nas contas bancárias das farmacêuticas por causa da gripe A. O dinheiro, sabemo-lo bem, é contagioso. Sobretudo quando é muito, multiplica-se depressa. Significa isto que, embora de um modo ligeiramente inesperado, cumpriram-se as previsões da Organização Mundial de Saúde: acabou por haver pandemia, mas de moedas e notas. E infectaram, sobretudo, os bolsos das farmacêuticas. Haja quem tenha a caridade de nos livrar deste tipo de infecção.
Mas quem diria. Milhares de páginas de jornal a alertar para os perigos da gripe, horas de debates sobre a dimensão da pandemia, panfletos da Direcção-Geral de Saúde a ensinar os portugueses a lavarem as mãos e, segundo se diz agora (designadamente, em milhares de páginas de jornal), a pandemia foi o maior escândalo médico do século. Nada disto teria sido possível sem as reportagens e os debates. Mesmo as instruções sobre lavagem de mãos foram essenciais neste processo, para que o nosso dinheiro passasse para as mãos das farmacêuticas irrepreensivelmente limpo. Se as notas continuassem a ser manuseadas pelas nossas mãos sujas, talvez as farmacêuticas não as quisessem.
Do ponto de vista médico, a gripe A foi uma digna sucessora de outras pandemias que, sendo muito perigosas nos jornais, foram inofensivas, ou quase, na vida real. Depois da doença das vacas loucas e da gripe das aves, a gripe suína também cumpriu o seu destino: como pandemia foi fraca, mas como negócio foi um achado. Aquele "A" da gripe A é aparentado com aquele que os espectadores de jogos de futebol soltam quando a bola bate no poste: ah! Pensei que era golo... Com a gripe sucedeu o mesmo. Gripe ah! Pensei que era mais perigosa. Por outro lado, também se parece com o ah! dos burlados. Gripe ah!, já me foram ao bolso. Eu conheço pessoalmente mais sócios do Sporting do que gente infectada pelo vírus da gripe A, o que demonstra bem o falhanço da disseminação da doença. Se um grupo tão reduzido consegue, ainda assim, ser mais numeroso, dificilmente poderemos chamar pandemia àquilo que aconteceu. Ainda assim, esperemos que as pandemias continuem a fazer-nos pior ao bolso do que à saúde. Antes na farmácia que no cangalheiro, como diz o José Mário Branco na célebre canção chamada OMS. Ou FMI. É mais ou menos a mesma coisa. Se se fala num ou noutro, o melhor é guardar a carteira.
Aquele "A" da gripe A é aparentado com aquele que os espectadores de jogos de futebol soltam quando a bola bate no poste: ah! Pensei que era golo... Com a gripe sucedeu o mesmo. Gripe ah!, já me foram ao bolso
5:57 Quinta-feira, 28 de Jan de 2010
Divisas provenientes de todo o mundo entraram nas contas bancárias das farmacêuticas por causa da gripe A. O dinheiro, sabemo-lo bem, é contagioso. Sobretudo quando é muito, multiplica-se depressa. Significa isto que, embora de um modo ligeiramente inesperado, cumpriram-se as previsões da Organização Mundial de Saúde: acabou por haver pandemia, mas de moedas e notas. E infectaram, sobretudo, os bolsos das farmacêuticas. Haja quem tenha a caridade de nos livrar deste tipo de infecção.
Mas quem diria. Milhares de páginas de jornal a alertar para os perigos da gripe, horas de debates sobre a dimensão da pandemia, panfletos da Direcção-Geral de Saúde a ensinar os portugueses a lavarem as mãos e, segundo se diz agora (designadamente, em milhares de páginas de jornal), a pandemia foi o maior escândalo médico do século. Nada disto teria sido possível sem as reportagens e os debates. Mesmo as instruções sobre lavagem de mãos foram essenciais neste processo, para que o nosso dinheiro passasse para as mãos das farmacêuticas irrepreensivelmente limpo. Se as notas continuassem a ser manuseadas pelas nossas mãos sujas, talvez as farmacêuticas não as quisessem.
Do ponto de vista médico, a gripe A foi uma digna sucessora de outras pandemias que, sendo muito perigosas nos jornais, foram inofensivas, ou quase, na vida real. Depois da doença das vacas loucas e da gripe das aves, a gripe suína também cumpriu o seu destino: como pandemia foi fraca, mas como negócio foi um achado. Aquele "A" da gripe A é aparentado com aquele que os espectadores de jogos de futebol soltam quando a bola bate no poste: ah! Pensei que era golo... Com a gripe sucedeu o mesmo. Gripe ah! Pensei que era mais perigosa. Por outro lado, também se parece com o ah! dos burlados. Gripe ah!, já me foram ao bolso. Eu conheço pessoalmente mais sócios do Sporting do que gente infectada pelo vírus da gripe A, o que demonstra bem o falhanço da disseminação da doença. Se um grupo tão reduzido consegue, ainda assim, ser mais numeroso, dificilmente poderemos chamar pandemia àquilo que aconteceu. Ainda assim, esperemos que as pandemias continuem a fazer-nos pior ao bolso do que à saúde. Antes na farmácia que no cangalheiro, como diz o José Mário Branco na célebre canção chamada OMS. Ou FMI. É mais ou menos a mesma coisa. Se se fala num ou noutro, o melhor é guardar a carteira.
Ricardo Araújo Pereira
Ainda mais, com esta excelente referência musical.
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Contagem decrescente
A entrar em pré-depressão. Causa: abandono forçado de menor.
(Não há pachorra para as complexidades sentimentalóides da maternidade.)
(Não há pachorra para as complexidades sentimentalóides da maternidade.)
Pueril e terno este poema
Viver sempre também cansa
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
Ora é cinzento, negro, quase-verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois,
achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...
José Gomes Ferreira
[Primeiro poema do autor, 1931]
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
Ora é cinzento, negro, quase-verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois,
achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...
José Gomes Ferreira
[Primeiro poema do autor, 1931]
Isto é rebuçadinho
Apetece estar debaixo dos cobertores numa manhã de inverno e ir saindo de fininho a abanar a anquinha.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Descobertas #17
O algodão não engana. E é isto:
O Algodão não engana, porque mostra uma verdade que desafia os limites do real, suja e pouco confortável. Os textos são genuinamente indecorosos e a música, muitas vezes feita e gravada às três pancadas num quarto, também poderá ser considerada demasiado prosaica, e ainda bem, porque a ideia é mesmo essa. Alguns perguntarão:
O “Algodão” é xunga? É pois. Como o caralho.
De cada vez que tentava começar uma frase, subitamente as ideias desvaneciam-se. «Porra, tenho a certeza que esta era porreira». Coçou a cabeça e deu um golo no copo de cerveja onde flutuavam dois cubos
de gelo. O Puto esquecera-se de meter as garrafas no frigorífico e agora improvisava desta maneira. Desde que a bebesse rápido, não havia espiga. Bebê-la morna é que não podia ser, não senhora. Era da mais barata do mercado por isso, às tantas toda a situação não deixava de fazer
um estranho sentido. À força do hábito, o puto acabara por desenvolver uma predilecção pelo mais xunga. Pelo menos na bebida, nas drogas e nas mulheres. Mais valia a pena fazer uma pausa. Escrever naquele momento estava a custar demasiado. Pegou no telefone e ligou para a Teresa.
- Sabes que horas é que são?!
- São horas de passares em minha casa…
- São três da manhã, meu cabrão. Já estava a dormir. O que é que queres?
- Não consigo escrever.
- E o quê que eu tenho a ver com essa merda?
- Às tantas podias inspirar-me...
- Ah é? Então e a outra puta que anda a parasitar pela tua casa
não serve para isso?
- Quem, a Ana?
- Sei lá o nome dessa cabra!
- A Ana é apenas uma miúda que gosta do que eu escrevo, mais nada.
Já não aparece cá há uns tempos.
- Não sabia que andavas a escrever com a pila.
- Deixa-te disso, anda lá, meti agora mesmo umas garrafas no congelador.
- O quê, da tua bebida rasca? Além disso, tenho estado com o Adriano.
- Porra, com o Adriano? Esse pedante de merda?!!
- Ao menos trata-me bem.
- E fode-te bem?
- Mas quem és tu para falar disso? Andas a beber demais, puto,
qualquer dia desapareces, evaporas.
- Whatever, cabra.
- Cabra?
- Espera aí... o telefone deve estar a fazer eco.
- Vai mas é beber até te vomitares todo! Devias era sufocar no meio
do vómito, meu cabrão!
- Ao menos ainda consigo fazer alguma coisa de jeito.
- O quê, falar da merda que fazes?
- Yah… Disso e de cabras como tu. A merda inspira-me. Podes crer.
Só mais uma coisa: a Ana faz broches bem melhores que os teus.
- Imagino, deve ter boca de bebé, mesmo à tua medida, né?
- Yah… E o rabo também, ao contrário do teu, é bem apertado, como eu gosto.
O puto desligou o telefone, abriu uma garrafa, já fresca, e começou
a escrever. Sentia-se bem e capaz de escrever durante horas e horas a fio.
Xunga como o caralho, Pacotes em Almada
Deve ser disto que preciso para ganhar inspiração. Hoje está-se assim ou a precisar de estar assim. Surreal, altamente alucinado.
O Algodão não engana, porque mostra uma verdade que desafia os limites do real, suja e pouco confortável. Os textos são genuinamente indecorosos e a música, muitas vezes feita e gravada às três pancadas num quarto, também poderá ser considerada demasiado prosaica, e ainda bem, porque a ideia é mesmo essa. Alguns perguntarão:
O “Algodão” é xunga? É pois. Como o caralho.
De cada vez que tentava começar uma frase, subitamente as ideias desvaneciam-se. «Porra, tenho a certeza que esta era porreira». Coçou a cabeça e deu um golo no copo de cerveja onde flutuavam dois cubos
de gelo. O Puto esquecera-se de meter as garrafas no frigorífico e agora improvisava desta maneira. Desde que a bebesse rápido, não havia espiga. Bebê-la morna é que não podia ser, não senhora. Era da mais barata do mercado por isso, às tantas toda a situação não deixava de fazer
um estranho sentido. À força do hábito, o puto acabara por desenvolver uma predilecção pelo mais xunga. Pelo menos na bebida, nas drogas e nas mulheres. Mais valia a pena fazer uma pausa. Escrever naquele momento estava a custar demasiado. Pegou no telefone e ligou para a Teresa.
- Sabes que horas é que são?!
- São horas de passares em minha casa…
- São três da manhã, meu cabrão. Já estava a dormir. O que é que queres?
- Não consigo escrever.
- E o quê que eu tenho a ver com essa merda?
- Às tantas podias inspirar-me...
- Ah é? Então e a outra puta que anda a parasitar pela tua casa
não serve para isso?
- Quem, a Ana?
- Sei lá o nome dessa cabra!
- A Ana é apenas uma miúda que gosta do que eu escrevo, mais nada.
Já não aparece cá há uns tempos.
- Não sabia que andavas a escrever com a pila.
- Deixa-te disso, anda lá, meti agora mesmo umas garrafas no congelador.
- O quê, da tua bebida rasca? Além disso, tenho estado com o Adriano.
- Porra, com o Adriano? Esse pedante de merda?!!
- Ao menos trata-me bem.
- E fode-te bem?
- Mas quem és tu para falar disso? Andas a beber demais, puto,
qualquer dia desapareces, evaporas.
- Whatever, cabra.
- Cabra?
- Espera aí... o telefone deve estar a fazer eco.
- Vai mas é beber até te vomitares todo! Devias era sufocar no meio
do vómito, meu cabrão!
- Ao menos ainda consigo fazer alguma coisa de jeito.
- O quê, falar da merda que fazes?
- Yah… Disso e de cabras como tu. A merda inspira-me. Podes crer.
Só mais uma coisa: a Ana faz broches bem melhores que os teus.
- Imagino, deve ter boca de bebé, mesmo à tua medida, né?
- Yah… E o rabo também, ao contrário do teu, é bem apertado, como eu gosto.
O puto desligou o telefone, abriu uma garrafa, já fresca, e começou
a escrever. Sentia-se bem e capaz de escrever durante horas e horas a fio.
Xunga como o caralho, Pacotes em Almada
Deve ser disto que preciso para ganhar inspiração. Hoje está-se assim ou a precisar de estar assim. Surreal, altamente alucinado.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
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