Está grávida e a morrer de medo de contar ao patrão. É um filho muito desejado, planeado há algum tempo, mas ela vai dizer que não estava à espera. Receia pelo trabalho que vai ficar pendurado, pelas pessoas que ficarão sobrecarregadas, pela ausência de substituto a quem possa calmamente passar tarefas. Receia sobretudo as represálias que, quase de certeza, irá sofrer. Ele não vai gostar e não vai ter qualquer problema em dizê-lo. Vai culpá-la de não ter noção das coisas e ser irresponsável e com a maior indiferença não terá pejo em suspender o contrato com ela antes mesmo de regressar. Sem dificuldade, através de uma qualquer aldrabice que tão bem domina, para o fazer parecer legal e à sua maneira.
Dá-me vómitos.
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2 comentários:
a mim também.
que miséria de gente.
Eis porque o aborto faz todo o sentido. Não o desta jovem que legitimamente quer o bebé mas o das mães de alguns energúmenos que nunca deveriam ter chegado a nascer.
JR
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