Conheces a sensação? De procurar o conforto aqui e ali uma e outra vez e não seres capaz de encontrá-lo? E sentires que atingiste o teu limite e que ou páras ou um dia destes vais descobrir-te no meio de uma teia enleada de onde não vês saída possível?
Tudo me parece caótico. O mais pequeno gesto implica um esforço imenso. Por isso, só me apetece dormir. Mas até isso é difícil. Deito-me mas o corpo não me deixa dormir com espasmos uns atrás dos outros. E a cabeça a mil. Ontem foi o mesmo fado. Lá me fui rendendo aos estragos que o álcool havia feito na noite anterior e adormeci. Profundamente. Sem querer acordar. O quentinho do corpo ao lado, sossegava-me. Mas de manhã, ao som da corneta que gritava incessante alvorada, obriguei o corpo ao habitual ritual tormentoso.
E agora estou aqui, volvidas que foram algumas horas. Continuo sozinha. Sem grandes perspectivas. A querer fugir para me encontrar [a praia parece-me um bom porto para atracar este barquito que anda por aqui à deriva]. Ao mesmo tempo, quero ficar. Enfrentar os desafios e crescer. Mas faltam-me as forças. Respiro fundo uma ou duas vezes e durante escassos segundos a coisa vai. Volta a parar mais à frente. Descaem-me os ombros. Continuo na mesma.
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