A estranheza com que acordei hoje, trouxe-me à memória a estranheza da noite de ontem. Uma noite descontínua na minha cabeça. Como fui daqui para ali, como cheguei lá, como desatei numa conversa descontroladamente regada, são questões que me coloco continuadamente sem encontrar respostas. Como é que as minhas inseguranças são capazes de tornar uma noite agradável e divertida numa cena exageradamente dramática?
Bem me parecia que andava há tempo demais a aceitar o dia-a-dia sem mexer naquilo que sabia que ia deixar-me triste: saberes que te sinto longe mesmo quando estás aqui ao lado. [Quase] sem querer, deixei escapar que te sinto a falta e pelos vistos escarafunchei tanto que fiquei exausta. Deixei-te exausto também. Nem o corpo parecia meu.
Hoje não me faz grande sentido a batalha de ontem, embora saibamos ambos que estou certa: que, de certo modo, voltámos atrás no tempo desta construção, voltaste a deixar cair os braços, voltei a ser o maior peso da nossa balança...
Acredito no que dizes sentir, mas tenho-me sentido sozinha. Talvez tivesse bastado dizer-te isto.
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