domingo, 31 de maio de 2009

Homem Pretérito

Acho que lhe defraudei a imagem de objecto sexual. Soa-me sempre meio melancólico, a dar para o confuso na reacção que supostamente deveria ter, esquivo, incomodado. Não lhe sinto o tom jocoso e os desvios eróticos nas conversas banais. Deve ser isso. Não existindo outro perfil além daquele criado para aquela pessoa, deixa de fazer sentido a própria pessoa, esvai-se o interessante em si quando os contextos são outros. Pena – vejo agora – que fosse tão frugal.

Excertos de anterior matiné



"Suddenly I realized - two people isn't enough. You need backup. If you're only two people, and someone drops off the edge, then you're on your own. Two isn't a large enough number. You need three at least."

Marcus in About a Boy

Ainda na senda transatlântica de palavras musicadas

"Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto, mau gosto
é que Narciso acha feio o que não é espelho
e a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
nada do que não era antes quando não somos mutantes"

in Sampa, Caetano Veloso

Duetos apetecíveis



Do filme "Entre lençois". Mas o que interessa aqui é mesmo a Mariana Aydar e a Mayra Andrade.

Chico por cá

Isto era capaz de ser a minha caixa de preciosidades musicais. Num documentário sobre um homem que eu amo, juntar esta gente toda fantástica que tento acompanhar sempre que posso. Genial, mesmo. Gostava de saber onde e quando se poderá ver, uma vez que me parece que rodará em circuitos pouco divulgados. Prevê-se uma exibição na RTP, mas pouco se sabe sobre.

O blog apresenta-o assim:

Onde e Quando Nasceu
O projecto nasceu depois de uma apresentação da Ópera do Malandro em 2005, na Figueira da Foz, com o objectivo de caracterizar a relação musical de Chico Buarque com Portugal. Depois foi apresentado no âmbito escolar, como projecto extra-curricular em estágio curricular de argumento, na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa. Com o curso terminado, o projecto evoluiu, a pesquisa estruturou o argumento, o projecto mudou de cariz e pretendemos divulgá-lo da melhor forma através do circuito de festivais de cinema e, eventualmente, a sua possível difusão na televisão.


Tema
“Meu Caro Amigo Chico” pretende ser uma carta em forma de documentário musical, utilizando como texto os testemunhos e canções dos músicos que participam no documentário. Partindo das próprias palavras de Chico no tema “Meu Caro Amigo”, procurámos saber de que forma a música de Chico Buarque está presente nas suas vidas e como vai afinal a vida deste lado do Atlântico — musicalmente e não só. Tal como numa carta, os assuntos são variados e vão sendo encadeados: desde memórias de infância, a histórias de vida, passando canções que nos marcam, e tentando adivinhar as proximidades e diferenças entre Portugal e Brasil.


Meu Caro Amigo Chico !!!Trailer!!! from LondonSessionsProductionsMcac on Vimeo.

sábado, 30 de maio de 2009

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O rapaz do gongue

Tenho algum apreço pela amiga Olga, por razões do meu subconsciente, de efeitos pós-traumáticos que não valerá a pena esmiuçar, de momento. Pois que este vídeo me foi presenteado pela minha caríssima companheira de escritas mais ou menos interessantes há uns tempos atrás e, hoje, não resisti a colocá-lo aqui para gáudio das hostes - para não dizer, histeria completa.

Começa logo com o "rapaz do gongue", e a palavra "gongue" em si, que ainda ninguém descobriu do que se trata, concretamente, mas gostamos do som da pronunciação da dita. Depois, enfim... é um não parar de entretenimento.

Ora deleitem-se com esta pérola da televisão portuguesa.

Só para adultos e crianças que ainda não saibam ler

Ele há coisas que me sabem pela vida [já paguei os direitos de autor ao Adão e à Eva]! Já não era cedo ontem, ainda para mais para quem anda com os sonos atrasados mas, verdade seja dita, há chamamentos que não consigo deixar sem resposta. Às vezes, viro-lhes as costas [muaaaah!], mas não lhes responder, não, isso nunca! E é isto!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A falta de Luz do Hospital

Só não mando agora 14 gritos alto e bom som porque de nada me vale, vocês não poderão ouvir. Sete horas no Hospital da Luz diz-vos alguma coisa? E sete horas só para dar [ou receber, depende da perspectiva] uma injecção de penicilina para curar uma amigdalite acrescenta-vos alguma informação? E sete horas só para dar [ou receber, depende da perspectiva] uma injecção de penicilina para curar uma amigdalite e depois arrotar com 30 euros, deixa-vos verdadeiramente possuídos? A miúda não tinha nada de especial, isto é, há dois dias que não vivia bem, já mal falava, precisamente porque se lhe inflamaram as amígdalas mas, senhores, não teve que fazer nenhuma mega cirurgia mas tão-só, como já vos disse, levar uma pica de penicilina. E foi ver as putas das funcionárias [que, coitadas, ainda são as que menos culpa têm] a sorrir enquanto diziam "Percebo perfeitamente o que quer dizer". Pois percebe, estou a falar português, mal era se neste hospital nem a língua materna percebessem... Eh pá! Por mim, este post nunca mais acabava, só me apetece ralhar, dizer caralhadas e mandar os cabrões dos manda-chuva daquela merda e dos excelentíssimos "adaptadores-do-modelo-você-vai-à-triagem-dez-minutos-depois-de-chegar,-mas-depois-vai-à-primeira-consulta-cinco-horas-depois [porque está uma imensa quantidade de gente à sua frente, que é como quem diz, 15 pessoas]-faz-um-recobro-[de uma simples injecção, sublinho]-de-duas-horas-porque-tem-que-esperar-para-ser-revisto-pela-médica-mas-afinal-podia-ter-saído-do-hospital-logo-depois-porque-a-enfermeira-é-que-percebeu-mal-a-indicação-da-médica"... Para o caralho, pá! A miúda não se livra da falta de bom senso que teve em escolher um hospital privado, mas escolheu-o por ouvir gritar aos quatro [ou sete?] ventos que era muito bom e que valia pelo atendimento e pelo conforto...
Termino como terminei o registo no livro de reclamações: "Com a certeza de que cá não voltarei e que procurarei apenas o serviço público, apresento os melhores cumprimentos". Estúpidos!

domingo, 24 de maio de 2009

Amorfa

Tenho saudades de estudar. De ser incitada a pensar, de ler qualquer coisa interessante do ponto de vista científico-social. Sinto falta das aulas/seminários em que havia discussões já em tom de tertúlia, em que não chegávamos a nenhuma conclusão ou solução iluminada, mas confrontavam-se conceitos, questionavam-se opiniões. Inclusive as nossas. Provavelmente, o que de melhor tirei da faculdade (além da boa vida paralela) foi o treino de espírito crítico e alguma cultura geral. Pouco mais me preparou para o mundo laboral em termos práticos. Mas a verdade é que sinto falta desse "exercício" mental, parece que se anda mais desperto para tudo o resto, até nas situações mais comezinhas, as notícias que passam no telejornal ou a relação com as pessoas em geral. Quanto mais nos afastamos da vida académica, do conhecimento, do estudo ou que lhe queiram chamar, mais nos afastamos do encontro connosco. Isto soa a profunda piroseira pseudo-filosófica, mas acabo por o sentir como a mais pura das verdades. É como se a minha mente não desenvolvesse e fosse ficando atarracada em pensamentozinhos menores entre o estender a roupa porque faz sol e a envolvência na intriguice dos colegas de trabalho. Pouco a pouco lá vamos cedendo àquilo que dá menos trabalho a pensar, ao desligar do botão e só vão sobrando umas luzes muito ténues de tudo o que não continuámos a alimentar. Ok, só depende de mim a luta contra aquilo em que não me quero transformar, do género dona de casa, mãe de família, prioridades: jantar na mesa, miúdos nos escuteiros e depilação às 17h. Ou pelo menos reduzir-me a isso (excepto a parte dos escuteiros, que está mesmo fora de questão). Acho que me atormenta a fuga para a frente, o marasmo dos dias, a engrenagem na rotina do costume, no quotidiano de todos, como se temesse algum dia querer voltar atrás e não existisse recuperação possível. Sinto-o principalmente na vontade de voltar a estudar, dentro do rol de tantas outras que me dão prazer, como ir a um concerto, ao teatro, meter-me num coro ou ir apanhar sol à Graça rodeada de intelectuais de livro debaixo do braço. Temo a estagnação acomodada como uma doença venérea.

sábado, 23 de maio de 2009

"The heart asks pleasure first"



E quando acaba o desejo? Será que nos chega o amor para fazer durar uma relação? O desejo não é, de todo, eterno. Provavelmente, há que alimentá-lo, mimá-lo, tentar perceber como fazê-lo, acima de tudo. Nada é garantido. Mas a verdade é que o desejo é o motor da vida, da busca do que nos faz felizes, seja ele o desejo de conseguir, de estar com, de ver, de experimentar, de conversar, de ter sexo. É ele que, no início, nos ajuda no lançamento, solta a faísca e dá a coragem de saltar mesmo sem certezas do que vamos encontrar. É um qualquer estado de inebriação, loucura ou hipnotismo quase - se não, mesmo - viciante. Talvez, por isso, não saibamos viver sem ele e o busquemos, mesmo inconscientemente, quando já não o sentimos. Será sempre uma luta inglória fechar-lhe os olhos e fingir que se vive bem com "o resto". É matreiro, o desejo, principalmente quando nos trai nos olhos à nossa frente e foge do corpo alheio que mais desejamos. É o pior dos sentimentos, aquele que resulta de um "não te desejo mais". Pior mesmo que um "não te amo mais".

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cola nos dedos

Pois claro que a FNAC não está para retirar as etiquetas dos livros, quando os prepara para devolução ao editor. Devem pensar que é fácil raspar centenas de livros até o papel se entranhar todo nas unhas, a pele dos dedos que dói negra e peganhenta, de tanta cola e sujidade, o odor fétido a benzina para retirar os resquícios. Ninguém imagina. E as horas que se passa nisto? Há que agilizar processos e fazer render o pessoal. Se os livros vão com um novo acessório ao serem devolvidos ao editor até é um favor que se lhes faz, enriquece claramente o produto. Até porque não é uma etiqueta qualquer, daquelas pequeninas à mercearia do Sr. André, onde se marca o valor manualmente, não, estas dizem FNAC, que não é uma merda qualquer. É todo um monopólio que se afirma e propaga a sua influência a bem da comunidade literária. Eu até tinha uma sugestão para estes queridos: se deixarem de encomendar quantidades assustadoras de livros, para empilhar em pirâmides ridículas para inglês ver, talvez poupem um ou outro funcionário, vá. O problema é que tudo tem que estar devolvido antes que a factura vença, de forma a pagar só os 30 livros que faziam o bico da pirâmide. Ou melhor, o bico que terão que fazer os editores. Ups... ai, esta minha boca, sempre a fugir para o que não deve.

Àquela que o foi antes de mim. Para que eu o pudesse ser

Nasci-te

"No meu ventre de mulher cresceu teu feto
e foi a minha boca que te deu palavras
e silêncios para tu gritares.
Dos meus braços multipliquei teus braços
e dei distâncias para tu voares.
Dei-te tempos-de-nada medidos de coragem
E foste. E és."

Maria Teresa Horta

Parabéns.

Da Cinemateca Portuguesa

Nunca vi o João Bénard da Costa [07/02/1935 - 21/05/2009] a não ser na televisão, mas conheço bem o espaço de que foi responsável durante quase 30 anos - a Cinemateca Portuguesa. E conhecendo o espaço, só posso crer que era um bom homem.
O espaço é muitíssimo acolhedor, as pessoas são simpáticas, o bar apetece no Outono/Inverno com as suas tonalidades castanhas escuras, o terraço, por seu lado, faz apetecer longas tardes de tertúlias entre amigos. O cinema que passa é bom e se vamos à sessão das 19h, provavelmente, petiscamos muito rapidamente antes da sessão das 21h30 e por lá continuamos para viver mais um bocadinho num mundo que é mágico. Vale a pena ler a simplicidade com que o MEC escreveu hoje sobre o Ainda Ontem [cliquem e folheiem até à página 3].

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Perspectivas matrimoniais

Viens, fais la fête

Finalmente!

Temos a Kalandraka.


E agora... com dedicatória.




Geniais.

Civismo ou a falta dele

20h40, Modelo, fila da Caixa Prioritária. Estão 9 pessoas à minha frente e não vejo nem um deficiente, grávida ou adulto com criança de colo. Toda a gente já viu que eu tenho uma barriga que não é propriamente de cerveja, mas... temos pena. Cheguei depois. Há outra grávida atrás de mim, olhamo-nos resignadas e pronto. Nem a menina da caixa se digna a dizer qualquer coisa. "Ah mas estás com essa conversa toda porque agora te convém passares à frente e fazeres-te de coitadinha", de todo. Enquanto não-prenha nunca fui para a Caixa Prioritária, mesmo que tivesse muito menos pessoas na fila e, caso lá me encontrasse, até me sentiria mal com uma grávida/deficiente/adulto com criança de colo atrás de mim, sem lhe ceder a minha vez. Mas enfim... isto sou cá eu a rezingar. Aguentei meia hora à espera - que aquela gente não levava 2 pacotinhos de leite, mas um carrinho cheio com as compras do mês - e calei a boquinha para não me armar em parva. Estivesse sossegadinha em vez de andar em cambalhotas porno-eróticas e já não me custavam tanto as dores nas pernas e 3Lt a pesar na bexiga. No fundo, essas tretas de haver caixas específicas nos supermercados são mariquices que ninguém usa. É como as que são limitadas a 15 unidades. É igual.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

De petiscos, repastos e patuscadas

Se há coisa de que eu gosto é de ajuntamentos. Gosto, pronto!
Na minha casa, na tua, em casa alheia, no meio da rua, em sítios que não conheço, noutros em que domino o mapa dos armários e sei onde encontrar os palitos (que dão imenso jeito, sejamos honestos).
A qualquer hora: de manhã depois de umas pedaladas na bicicleta (acho que nunca fiz este programa, mas desconfio que gostaria); ao almocinho, em família, por exemplo; a meio da tarde, depois da sesta e quando a boca já começa a ficar seca e a pedir água (claro!); ao fim da tarde, principalmente no Verão, em que o dia rouba o tempo de antena que é da noite e faz acreditar que a festa não vai mais acabar.
O queijinho é que não pode faltar! E se vem o queijinho, vêm logo o chouriço, a farinheira, a febrinha assada, a salsichita grelhada, a batata frita e por fim a saladinha, vá, para desenjoar.
Tudo bem regadinho, pois claro!

Experimentem, também! Se tivesse uma casa maior convidava-vos a todos para a patuscada que me lembrei há umas horas de convocar. Na impossibilidade de o fazer, sugiro que se divirtam, que celebrem a vida, a família e os amigos, que sejam felizes e sorriam, que apapariquem os vossos filhos e as vossas mães, que sejam responsáveis e bebam com moderação.

Para beber um copo de sol...

... o mundo inteiro é uma tasca onde a gente se enfrasca de manhã ao pôr-do-sol!



Muito bom! Letra, música e imagens. Lisboa, cidade maravilhosa.
Vai um copo de sol?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A depravação que por aqui anda

Caros leitores, caras leitoras,

não é com enorme espanto que constato que algumas das pesquisas efectuadas resultantes em visitas a este estaminé foram, nada mais, nada menos que as seguintes:


8 8.89% libidinosas
4 4.44% gajas prenhas
3 3.33% homens nus
3 3.33% prenhas sex
3 3.33% segredos delas
2 2.22% boas práticas religiosas
2 2.22% sexo com prenhas
2 2.22% sexo com mulheres prenhas
1 1.11% mulher bonita com corpo desenhado
1 1.11% libidinosas sexo
1 1.11% prenhas
1 1.11% prenha fazendo sexo
1 1.11% sexo com mulhres prenhas
1 1.11% www.mulheres prenhas a foder.com
1 1.11% prenhas a fuder
1 1.11% mulheres prenhas
1 1.11% ´prenhas
1 1.11% prenhas no sexo
1 1.11% mulheres pranhas
1 1.11% mulheresprenhas



Impecável. Gosto especialmente das 2 que procuraram boas práticas religiosas. E não me espanta nada que tivessem dado caras com... gajas prenhas e sexo e homens nus e etc. É assim... Como dizia o meu querido Rasta: "A vida é isto. E isto é relativo."

Ou como deveriam ser... as nossas vidas

terça-feira, 12 de maio de 2009

Sendo assim, vamos fazer amigos...



... entre os animais! Porque, já dizia o Carlos Alberto Moniz, "amigos destes não são demais na vida"! Ahahahah!

Atentem também, por favor:
- na indumentária da senhora ex-aequo com o ursinho autista do lado direito do ecrã;
- no logotipo no canto superior esquerdo [já não vamos para novos, não]
- e no "hoje não pode mesmo arredar pé porque na segunda parte vamos ter, nada mais, nada menos que crocodilos bébés, não acredita?!"

Lições de vida... selvagem!

Caríssimas leitoras, deleitem-se.
Caríssimos leitores, aprendam ou... não esqueçam!

Eram novinhos os dois: 7 e 9 anos, se a memória não me atraiçoa. Ela rebolava-se, qual sambista em cima dos carros que se passeiam avenidas fora em pleno entrudo de Vera Cruz. Dizia a voz off, que estava "práli virada". Ele, ao que parece, era inexperiente. Houve quem dissesse que não conseguiu dar com o sítio [do pica-pau amarelo], mas nem por isso deixou de lhe saltar 'pra cima quando a apanhou de costas para a puxar para si num misto de "anda cá que eu protejo-te" e "quem manda aqui sou eu!". Espectacular!
Foi mais ou menos assim que acabou o National Geographic de hoje na RTP2.

Caríssimas: de hoje em diante, a televisão lá de casa na RTP2 entre as 20h e qualquer coisa e as 22h, não vão eles proporcionar-nos mais umas lições de vida... selvagem.
Caríssimos: aprendam bem e depressa que Tigres da Sibéria há-os em muito baixo número e não tardam a desaparecer completamente.

[Eu ia pôr banda sonora neste post mas a que encontrei merece um inteirinho dedicado a ela]

Memórias de Infância


Sempre que como iogurte de côco, relembro os lanches na praia, quando passava férias com os meus pais no Algarve. Entre uma banhoca e outra, lá ia eu sempre "muito boa boca" comer o iogurte para a toalha, debaixo do chapéu de sol. De côco. Sempre.

Impingir

Gosto de sugerir livros a clientes inteligentes. Gosto daqueles que têm os mesmos gostos que eu, que saibam discutir determinados assuntos suscitados pelos livros, que mandem a piadola política e que fiquem contentes com a minha selecção. É um grande defeito, bem sei, é a via mais fácil. Mas não tenho pachorrinha nenhuma para impingir o quer que seja a quem não quer ser convencido de nada. Quem vem procurar um chouriço para encher no dia de anos do irmão ou só quer, porque quer, o "Não sei nada sobre o amor" da Júlia Pinheiro, às pazadas no Continente ali ao lado. Foda-se!

Não se vislumbram cá bichinhos de vendedeira.

E é isto... as nossas vidas

- O que é que vais fazer para o jantar?

- Sei lá eu. Não me apetece fazer nada. Mas também não descongelei sopa. Boa pergunta! Essa é que é essa. Apetecia-me jantar fora.

- Também a mim.

- Pois claro. Mas apetece-nos sempre, né? Ou quase sempre, pronto.

- É.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Murro no estômago

Este filme.



Esbarrei nele no sábado à noite, na RTP2. Já tinha ouvido falar, mas só me apercebi do título mesmo no final. Impressionante. Prendeu-me pela Fernanda Montenegro, que adoro, numa cena com o "Josué" que escorria as lágrimas mais sofridas que alguma vez vi num actor tão pequeno. Não consegui despegar até ao fim, mesmo revirando as tripas por dentro, exactamente por ser um filme de uma beleza profunda, crua de cortar à faca, que esmiuça sentimentos e realidades que doem.

Claro que chorei no fim.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sonhos lindos e até amanhããã

Acordámos a cantar isto. Delicioso! A titi depois canta-te o Vitinho, está bem?
Quais Patinhos. Tsc... Tsc...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pérola negra

Quem não se atirar para o chão a rir, é um ovo podre!



E eu vou direitinha ao inferno...

Saborear Angola

Domingo tórrido. O corpo acusa o cansaço de uma viagem longa, mas os poros libertam a satisfação de um passeio ao sol de Lisboa. Olho as pessoas bem dispostas. Sorrio-lhes. Retribuem-me. Desço no Rossio e fico ali até ver o eléctrico partir. Faço a pé o resto do caminho, leve como uma pena. Feliz!
Mais tarde, lanche a três no cimo do Eduardo VII seguido de descida para folhear um ou outro livro. Caminhada a dois e escapadela aos misteriosos jardins da Gulbenkian. Voilà, um dia para repetir. Com um sorriso.

O fim de tarde pedia patuscada de vestidos leves e pés descalços ao som de Angola e Cabo Verde, por isso, aqui fica um cheirinho: