segunda-feira, 17 de março de 2008

Entregar ou não entregar. Eis a questão.

Confiar. Pergunto-me o que significa confiar. Existirá a entrega cega e incondicional? Se sim, até quando? Começo a construir princípios apressados que, toscamente, me colem as peças. Sendo assim, entendo que tal entrega, a existir, será eterna. Ainda que seja eterna enquanto dura... Desisto. Não dá para fugir a pressupostos óbvios que, no fundo, nos são inatos.

Malditas Brancas de Neve e Cinderelas que me forraram a infância de sonhos cor-de-rosa, perfumadas com "felizes para sempre". Resta-nos reajustar o código moral recalcado, dar a volta à fórmula e adequá-la à realidade. O essencial será sempre invisível aos nossos olhos, talvez por ser tão simples, primitivo. O instinto, a intuição ou o que lhe queiramos chamar, indicar-nos-á sempre a direcção. É só uma questão de atenção e de ouvir o murmúrio. Para o bem e para o mal...

Quanto à dita entrega... só comporta o seu significado na plenitude sob uma única premissa: ser total. Não me parece que consiga entender outra forma de viver. É arriscado, mas disso tenho a certeza.


"Não há passos divergentes para quem se quer encontrar."
Jorge Palma

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