sexta-feira, 30 de maio de 2008

É à confiança...

Às vezes dá-me para as desconfianças. Normalmente, vêm associadas a uns copos a mais, confesso. Há uns meses que não me dava a travadinha, mas esta semana voltei à carga. As razões? Desconheço-as. Acho que é um mal que me está permanentemente latente, mas que me esforço por não despertar. Nem sempre consigo. Roo as unhas e engendro 1001 cenários possíveis. Ou impossíveis, sei lá... Até consigo descobrir por entre os gestos que me parecem mais verdadeiros, possíveis fugas à verdade. Vai na volta e dou comigo a pegar em palavras soltas e a juntá-las, tipo puzzle, em momentos mais sombrios. Por vezes, mesmo no que não acontece, descubro um acontecimento. Junto-lhe uma pitada de fermento e é vê-lo a tomar desmesuradas proporções que salpico com um pouco das realidades que vou construindo com o imaginário. Et voilà! O resultado é um belo amontoado que mesmo podendo não fazer qualquer sentido me parece perfeitamente possível. Cansa-me viver com este medo quase constante de apanhar alguém em falso...

1 comentário:

Anónimo disse...

como poderia ser linda a vida, sem desconfianças...