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De cada vez que o oiço sabe-me melhor. Camané ao vivo é como ouvi-lo em casa, distinguindo cada dedilhar de cordas, cada fôlego, cada sussurro, mas com a envolvência de uma sala como o Coliseu e um sentimento de gratidão que enchia toda aquela gente. Há nele uma sonoridade mais bonita que em qualquer outro fadista porque transborda uma simplicidade na voz, na forma de cantar e de ser, mesmo espelhando as mais complexas dores do fado. Sem artifícios ou distintas poses. Só ele mesmo e o que lhe vem do fundo. Conquistou o espaço, as almas e a reverência que sempre mereceu.
Mas hoje, um especial aplauso para este senhor: José Manuel Neto, na guitarra portuguesa.
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