segunda-feira, 12 de maio de 2008

Vertigem

A vida não me corre dentro dos mínimos – modestos – que preciso para estar feliz.
É raro ter dias em que me apetecia esconder debaixo dos lençóis e por lá ficar uns tempos até a tempestade passar. Mesmo sabendo que vou acabar de rastos num canto qualquer, poupem-me a turbulência dos entretantos. Até podia virar a cara, seguir de sorriso em frente, ver no que dá, mas… já tenho lama até ao pescoço, demais para me conseguir movimentar. Sinto os membros tão presos que os arrasto com esforço, dia após dia, num simples adiar da minha própria, assumida insatisfação. Ainda mais quando, depois de muito poupar, me esgota o elixir da auto-motivação. Não jogo alto, não proclamo feitos, não roço pernas, não lambo chãos, não sou assim, não estou a fim. Deixem-me só estar. Sossegada.

Os tropeções podem ser saltos maiores, mas eu gosto de saltar quando me apetece, quando estou contente e preciso de soltar energia, não para fugir ou porque me empurram. Um qualquer motivo oculto será proveitoso, muitas outras razões para sorrir me rodeiam e eis que me surge o anjo da guarda de gargalhada, pronto para me resgatar do buraco. Sinais…? É possível. Em momento algum tomei a parte como o todo mas, mais do que nunca, temo os dias que se avizinham. Faltas-me.

3 comentários:

Anónimo disse...

que giro assumires isso tudo!

Anónimo disse...

hey ruralita,
cabeca ao alto, para cheirar o vento!
beijos grandes e forca
leo

Anónimo disse...

eu queria dizer força... eheh estes cês de cedilha...