segunda-feira, 21 de julho de 2008

Curtas [10]

Quase a sair, o amo-te ficou guardado na boca que permaneceu calada. Com medo do futuro. Das incertezas. Das exigências. Do que se diz que se quer dar e, pelos vistos, não se consegue. Medo de nunca vir a saber o que é o "gosto muito de ti! Mais do que consigo mostrar". Medo de não conseguir os abraços apertados que procuro e os beijos demorados. Medo das altas expectativas depois de uma manhã fresca no campo. Medo dos momentos em que te procuro e só te encontro pela metade. Medo de que o passado seja mais forte que o presente e que o futuro...

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