Cinco anos volvidos, meu velho, e as saudades por cá continuam. Assim como o teu sorriso, o toque do meu beijo na tua testa, o teu polegar partido, as sonecas depois do almoço, as enormes dentadas nos nossos gelados ou os Natais na mercearia vivem guardados nas minhas memórias mais bonitas. Teimosa, continuo a guardar o nosso último almoço juntos em tua casa e a silenciosa e pesada viagem de regresso à minha. Culpo-me por não te ter feito falar, por antes ter preferido ir desenhando cenários que explicassem as razões para a agonia que te descobria. Ensombram-me, por vezes, estas imagens, mas já vou tarde...
Integrei a tua ausência no bater do coração dos meus dias, por isso, e apesar das saudades, vives em mim e fazes da minha vida uma existência muito mais feliz. Obrigada.
Neta
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