Quando pouco mais importa à nossa volta do que o nosso próprio umbigo esquecem-se os outros. As suas vontades, interesses, inquietações, necessidades. Desde que as nossas estejam satisfeitas, pouco mais conta. Até mesmo quando nos faltam muitas coisas, mas faz tempo que deixámos de as considerar. Assim vive quem vive só para si.
Mas nem por isso deixam de se fazer exigências. Exige-se tempo, companhia, atenção, carinho, amor. E mais tempo, e mais companhia, e mais atenção, e mais carinho, e mais amor. Em troca dá-se o tempo que não nos faz falta, a companhia que já não precisamos de fazer a nós próprios, o que sobra da atenção que já nos demos, o carinho e o amor quando a nós já demos o suficiente. Fazemos o que nos dá na real gana e vivemos em paz porque achamos que o que temos a mais e não precisamos é o que basta aos outros.
É um facto que todos temos uma boa dose de egoísmo. Aliás, o egoísmo é a base de muitas das relações que mantemos com o mundo. Eu estou bem, espero que tu também. Se eu estou bem, tu também, com certeza. Ou Porque é que não hás-de estar bem se te dou tanto?
E impõe-se a pergunta: Que tanto é este que damos e que até podemos saber não ser o bastante, mas que teimamos em não aumentar e melhorar por lesar o nosso suposto bem-estar?
Também esta leitura pode ser egoísta, diz-me tu se estou enganada...
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