"Bom, agora trata de ser educada com os teus avós, com os teus tios, primos em 1.º grau, 2.º, 3.º, quinquagésimo, com o teu tetra-avô se alguma vez o chamares para que te acuda lá do sítio onde Deus o tem em descanso" / "Pede com licença, desculpe e obrigada o maior número de vezes que fores capaz [por minuto], um dia serás premiada" / "Diz que sim, pode ser, está bem, por mim é como queiras, mesmo que não seja bem aquilo que te apetece fazer" / "Sorri sempre para o teu maior inimigo, mas o melhor mesmo é gostares de toda a gente e não teres inimigo nenhum, porque ele também só te fez uma rasteira, foste com os dentes ao chão e ficaste com a tromba toda arranhada, mas coitado..." / "Na fila do supermercado se tiveres 4 artigos deixa sempre o senhor de trás passar à tua frente, é que ele só tem 3...". And so on!
E eu estou farta de ser polite. Por tudo e por nada. De ser a fixe porque para mim está sempre tudo bem. Para não melindrar os outros, fico sempre com grandes melões. Para não os deixar tristes, envergo o sorriso mais amarelo e lá vou eu a cantarolar. Para não ouvir ralhetes, lá vou eu dar beijos nas faces peludas das senhoras donas idosas da terra dos avós. Para não me zangar com a mãe respiro fundo, conto até três e pode ser que passe. Para não mandar os mais novos ganharem tomates e é se querem realmente ser responsáveis como parecem, mando mensagens que terminam sempre com uma piadola, um beijo grande ou um smile daqueles ridículos. Para não mandar o pai para a puta que o pariu, ando aqui a engolir sapos e a fazer malabarismos e truques de magia como quem tira notas de 500 da cartola para ter alimento para os coelhos. E é isto.
(not) Politely yours,
vinho
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