Altaneiro, dá-se quando bem entende. Esconde o potencial curandeiro, os mistérios celestes que encerra e acha-se dono e senhor da sagacidade suprema do prazer excelso. Altivo, não me obedece. Exige o tempo, o espaço e o tacto consoante seus pressupostos aleatórios. Desconcentra hipotálamos, requer semi-suavidades, pressões cirúrgicas, e ritmos ao compasso. Lança a varinha, inventa palavras mágicas, distorce intentos e recria novos dogmas a cada instante. Só em dias de extrema generosidade se multiplica, muito porque precisa de atenções e dar nas vistas depois de longos silêncios. Diz-se diferente, que não se mostra por dá cá aquela palha, porque se acha magnificente demais para se exibir sem a troca do sacrifício, qual divindade pagã que transacciona bonança por sangue. Depois expande-se glorioso, seguro de seu poder macumbeiro. Exorciza intervenientes, liberta-lhes demónios carniceiros e faz-se ouvir aos quatro ventos, para se vangloriar dos feitos concebidos. Enfeita-se, vaidoso. Enleia-se de adornos, de requintes, de ais, de meles e suspiros rematados em contorções, em gestos rituais de louvor.
Quem me manda adorá-lo? Mimei-o demais.
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