É coisa que não tenho. Nosso senhor dotou-me de algumas qualidades dentro deste conjunto pequenino e roliço, mas uma delas não foi, de todo, os dotes para trabalhos manuais. Pois que nesta época tão bonita e festiva e de união e perfeição e etc. em vão me solicitam embrulhinhos simétricos, sem vinco.
Lamento.
O laço previamente feito ainda vai, agora o resto é para esquecer. É vê-la de trombil tingido de brilhantes do papel reluzente, a cortar o papel mais torto possível, a enrolar a fita cola, a dobrar as folhas com livros em cima, a deixar pontas soltas e amarfanhadas. Mas atenção: sempre, mas sempre com um ar profundamente convicto do trabalho exímio que se está ali a desenvolver!
Só a cara de desprezo das pessoas a olhar para estas mãozinhas de fada é que me leva a pensar que, se calhar, não é bem assim.
Ninguém diria!
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