sábado, 24 de janeiro de 2009
Cuidar do que se come
Sabemos-me à entremeada gordurosamente frita do jantar. Ao cheiro enjoativo da casa que se entranhou dos odores a óleo saturado. As faces amarelas de agoniadas, tal o choque hepático provocado. Faz-nos falta a verdura e o peixe grelhado, a leveza dos caldinhos ou purés e a frescura de uma laranja a esguichar de sumo. E eu que ultimamente estou mais próxima do vómito do que desejaria, antes te queria sugar os fluidos menos ácidos e lambuzar-me do que fizemos de mais doce. Ainda que me engorde, me leve ao limite dos níveis de diabetes, que me estrague a pele e me dê diarreia de três dias. Não quero saber. Nunca me dei muito bem com fritos, sabe-lo bem. E as verduras só caem bem de vez em quando. Gosto muito, mas mesmo muito de chegar ao enjoo com algo doce, de não aguentar nem mais um bocadinho. E ficar assim a rebentar, a gozar o excesso até às ultimas consequências da minha gula. Só a náusea sorumbática me enegrece a alma.
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