
Uma vez, numa agradável sessão de catequese, o meu animado colega P. foi indagado sobre o que era, para ele, rezar. Ora, vindo de quem veio a resposta, não se poderia esperar outra coisa, quer pela boa disposição do dito, quer por não fazer a mínima ideia da "actividade" em si.
"Ora rezar... é um hobby, um passatempo, um part-time!", o que deixou a nossa catequista sem saber se havia de rir ou chorar.
Cá está, para mim, um hobby, um passatempo, um part-time: fazer puzzles. E esta é a imagem que não me sai da cabeça há uns dias, assim aos pedaços com extremidades, pontos de cores garridas e pormenores visuais quase obsessivos. A toda a hora salto para a mesa para fazer mais um bocadinho, depois de ter encontrado todas as peças de contorno, com a "moldura" já preparada para encher. Sim, que isto requer alguma técnica. A encomenda chegou-me aqui da menina "sopas de cavalo cansado" e o quadro será para ela, que o prazer me advém da execução. Nada a ver com momentos zen de descontracção ou relaxe. Dá-me pica descobrir as peças certas, decifrá-las no meio da confusão e construir um desenho lógico, vê-lo crescer aos poucos. Logo eu que tenho um cérebro mais esquerdino, isto não parece assentar-me em nada, mas enfim... deve ser da componente artística do objecto.
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