segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
E parece que voltamos, mais uma vez, à estaca zero...
... agora que estão reunidas algumas das condições que se disseram necessárias. Mais um dilúvio. E não deve ser do tempo. Já estou como o outro: Com você eu tenho medo de me apaixonar. Nunca se sabe em que chão se pisa. Num momento é o mais confortável dos terrenos, no instante seguinte transforma-se abruptamente num terreno pantanoso, duvidoso, fugidio onde parece que já ninguém consegue andar. Não quero mapas nem a certeza de que não haverá obstáculos no caminho, tão-só a retribuição da verdade e da frontalidade que tanto se exige. Não quero juras de amor eterno nem promessas de que estaremos juntos até que a morte nos separe, mas acho que mereço ir sabendo em que pé a coisa vai. Não preciso que o amor seja dado na mesma medida, já sei que é um processo difícil, esse de largar as amarras, mas preciso saber se me queres e o quanto queres lutar para que desfrutemos o melhor possível do que agora vivemos juntos. Gosto de ter-te sorridente e [quem sabe] feliz, de olhar penetrante em abraços que cortam a respiração. Assim como te tenho hoje e ontem e no outro dia também te gosto [que posso eu fazer se me sinto a apaixonar-me?], mas também sou frágil, não sou farta em força e rapidamente me sinto angustiada por sentir que, afinal, não te tenho. No fundo, não te quero com aquele querer obsessivo, mas quero-te! E o mais incrível é que sabes disso. Terás tu tanta certeza de me quereres também? Mais uma vez me tens, absolutamente verdadeira, transparente...
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