terça-feira, 16 de setembro de 2008

coordenada solta

No sábado o Gonçalo falou do cabo que foi um tormento atravessar, do maravilhoso que é poder pisar aquele chão e desfrutar de tanta beleza de uma vez só. Falou do que já não existe de magia noutros lugares. Mas felizmente dedicou-se pouco a escrever da cinzentice, da louca necessidade generalizada de se sentir que tudo é certo e seguro e racional e explicável. E ainda bem! Ainda bem porque assim consegui transportar-me para a África do Sul daquelas páginas, dar asas à imaginação, ver-me completamente lá de mochila às costas e calções desavergonhados a mostrarem a desastrosa brancura destas pernas. Com a imaginação nos "monstros marinhos, animais fantásticos, tribos antropófagas, promontórios indomáveis, maldições melodramáticas, tempestades desumanas, desertos sem vida", por entre seduções e surpresas...

Gosto do que ele escreve. O Planisfério Pessoal vale a pena.

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