quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Ruído
Cansaço. Confusão. Tudo a mil, tudo parado, porém. Cinzento, como a chegada do Outono. Simples conversas dão lugar a discussões. Afasto-me o mais que posso. Porque preciso. Procuram-me. Fico sem espaço para estar no meu canto. Telefonas-me, mas eu não quero conversar. Não saem mais do que secos monossílabos. Mas eu não faço milagres e tu, faz muito que te demitiste do teu papel, não queiras agora construir uma relação que nunca o chegou a ser porque partiste cedo demais. Já vens tarde, viajante... Vivo há demasiado tempo no meio do caos em que me deixaste. Preciso libertar-me para reaprender a respirar e não dizer adeus a outros. Porque não saberia lidar com a saudade...
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