quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Insónia [permanente]
Acordei de madrugada e não voltei a pregar olho [pensei onde estarias. Pelas horas, em casa, acordado ainda]. A minha mãe diz que é do cansaço, que um dia vou pagar pelas asneiras que faço, que o corpo há-de queixar-se, bla, bla, bla... Bom, uma insónia do pior! Se é do cansaço ou não, não sei. Só sei que naquelas duas horas, empenhada que estava em decifrar todos os sons que povoavam aquela quietude, esqueci-me de parar para pensar. E era capaz de ter sido a melhor altura para fazer contas à vida e tomar decisões [ainda para mais, a um passo do fim do ano]. Eu e o silêncio... Contas ainda fiz, de dividir: um a dividir por dois. Metade de um?! Mas quem é que há-de querer viver com metades? Ora toma lá uma metade de mim, mas tu vê se te dás por inteiro, que eu cá não vou em cantigas. Mais ou menos isto. Exigente. Egoísta. Por querer-te bem. Por inteiro e a toda a hora. De manhã à noite. E nos sonhos. Ah, o que eu gosto de ter-te nos sonhos... entras-me de mansinho [outras vezes de rompante e também é bom], olhas-me e sorris, mas nem precisavas tocar-me para se atordoarem os sentidos. Ouvir-te o respirar e sentir-te o cheiro são o bastante. Mesmo se não estás, tenho-te o cheiro comigo, numa caixinha de música que guardo sobre o lado esquerdo. Ficas a saber. Ficas a saber que já te dei um espaço [mas não um daqueles onde só se ganha pó e caruncho]. Faças o que fizeres. E... onde é que eu ia? (...) Exacto! Foi isto precisamente o que aconteceu naquelas duas horas cruéis. A conta ainda a fiz, mas depois em vez de passar à decisão, apareceste-me tu, levaste-me por um atalho e permiti-me as divagações. Sabem-me sempre bem...
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