Entristece-me o passeio que não demos, o abraço que não sentimos. Tenho um nó na garganta, um aperto no peito por não saber de ti. Onde estás, afinal? Continuarás por aqui mesmo não estando agora comigo ou decidiste antecipar o voo que me disseste um dia querer fazer? Voo-metáfora.
Que mal tem não saber dar-me de outra maneira? Com menos intensidade? A única que sofre em dar-se assim sou eu, por isso, não se preocupem. E não discutam comigo, por favor, formas alternativas de o fazer. Pois qualquer outra implicaria não ouvir o coração, não viver-sentir, mas apenas viver-viver. E o viver por viver não me diz nada. E é-me muito mais difícil. Prefiro acordar a cada dia e por entre o silêncio da alvorada ouvir o que me tem a dizer o coração. Seja bom ou mau, mais simples ou mais complicado, o meu dever é levantar-me e seguir até onde ele me levar.
Só hoje não posso fazê-lo. Chamam-se dias de festas de família ou entre amigos. E à maioria das pessoas nem sequer posso pedir que não criem expectativas quanto à minha prestação esta noite para animar a malta. Não iriam perceber, para além de que viriam com uma bateria de perguntas, verdadeiro interrogatório e isso não, obrigada! Portanto, o mais que posso fazer é tentar sossegar o meu coração, ele que continua aqui à espera...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário