Quero-te carne. Quente, flamejante. Quero-te vermelho de prazer.
Quero-te louca a arder de desejo à flor da pele e no mais íntimo recanto escuro. Quero-te aqui e agora. E amanhã. Porque amanhã vou querer-te ainda mais. E vais ser como um bicho que me perpassa a pele e sem eu dar conta se entranha na carne. E percorres-me a toda a velocidade da cabeça aos pés por entre cócegas e outras investidas mais violentas. E coço. Coço para ver se acabo com esta comichão infernal (estranhamente boa). Mas este querer-te ardente não me deixa. E num crescendo de ruído e euforia, entro num estado de agradável êxtase e voo para outra dimensão. Por entre suspiros longos, que quero intermináveis, sou, afinal, eu que me quedo de cansaço e suor. E habituo-me a ter-te permanente habitante deste corpo.
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