O mais das vezes, parecemos uma. Mas somos diferentes. Cada uma cumpre o seu ofício que, de vez em quando, custa caro à outra pela dificuldade que tem em perceber escolhas feitas e aquelas que, justificadas por valores sérios mas um tanto ou quanto exagerados, não se fizeram. O que mais queria era que te libertasses dessas amarras tontas que te prendem a promessas antigas e começasses a viver a vida que, longe de estar gasta, vai já longa, tanto mais quanto a vives dentro desse casulo cheio de "rodriguinhos" para não magoar outros.
Custam-me caro algumas das opções que faço e também tenho medo, mas nem por isso deixo de fazê-las, porque me dão sal à vida. Amargam-me a boca aqui e ali, mas fazem-me sentido pelas alegrias que, também aqui e ali, me trazem. Não fazê-las é abandonar a vida à sua própria sorte, por isso, ao contrário do que pensas não são pragmáticas, mas carregadas de subjectividade.
Custa ir descobrindo a essência. Dói e fere, mas apazigua mais do que podes imaginar porque passas de espectadora a personagem principal, a narrador presente, a primeira pessoa do singular ao invés de viveres envolta num nós que, como bem sabes, nem sempre existe.
"(...) não me sentia um intruso no meio daquela intimidade toda e começava a pensar que um destino bom me fazia participar de coisas dessas, de conversas de alma que me revelavam quando é possível recortar um pequeno espaço e fazer ali um outro mundo só porque deixámos soltar outras linguagens e outros sentimentos." (O riso de Deus, António Alçada Baptista)
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