segunda-feira, 14 de abril de 2008

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Perdoem-me os mais sensíveis a expressão, mas é fodido não saber lidar com as emoções de outra forma senão ficando com o corpo todo empedernido. Movimentos controlados por uma terrível dormência, ombros tensos, peito apertado como se alguém nos esmagasse contra uma parede. Cada passo, um tormento porque se adivinha a caminhada para o fim. Triste, antecipado, desolador. Quem não se sente não é filho de boa gente! Está bem, mas era escusado ser desta maneira.

Cabeça pesada de tantas voltas dar na esperança de uma ideia brilhante, de tanto procurar encontrar formas de te alegrar, de te fazer viver [o próximo fim-de-semana pelos Alentejos, por exemplo], de querer ser aquilo de que precisas... De tão cheia, trago a cabeça vazia, os pensamentos são contraditórios, embora o sentimento se mantenha.
Minutos contados para te falar, horas intermináveis até poder fazê-lo. Impotência. Vontade louca, as melhores intenções. Mas impotente. Abraço-te com o imaginário. Não te preocupes, só te abraço.

Que é de ti a tentares o caminho a meu lado? Que é feito de pequenos sonhos que tivemos tempo apenas para sonhar? Que é feito daquele que tem estado comigo? Não é mais o mesmo. Perdi-o. Perdeu-se. E não quer deixar-se encontrar.

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