domingo, 13 de abril de 2008

Nós, por cá

Mensagens, ideias, sinais e mais mensagens. Num só dia. E tudo gira em torno de um único conceito: o amor.

Porque não lutamos pelo amor. Porque o amor nos mata. Porque caduca. Porque é inconsequente, porque é rebelde, porque é inconstante. O amor que hoje se gasta, salta avidamente para outro colo, aleatório, e lambuza-se sôfrego para amanhã se voltar a esgotar. E volta a saltar. E nada nos garante que o esforço do pulo valha a pena, porque depois sossega. Nada.

De olhos vendados segue a marcha. “E como o riso vem ao ventre, assim veio de repente uma criança” e a casa enche-se de luz, de alegria e é tão bom de saber! Vive-se o espasmo com ardor, relembrando gestos da criança que também fomos, nas tardes em que dávamos biberão às bonecas. Agora que partilhamos a medo o maior passo de sempre, entre lágrimas e risos alternados, que não sabem a sua função. Porque tudo é novo, porque tudo é mágico. E agora é a sério.

O amor dói. Aponta-nos o gume da faca quando o largamos e persegue-nos para sempre. Não perdoa por mais que o aparente. É varinha de condão para os mais belos encantamentos e as mais terríveis maldições. Impele-nos à loucura, ao risco. Joga e brinca com os nossos destinos de meros transeuntes.

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