segunda-feira, 14 de abril de 2008

Apesar de o amor ser um lugar estranho...

Nunca ouvimos dizer o contrário. Nunca ninguém nos enganou e disse que o amor é só feito de coisas bonitas, que sossegam. O amor também dói e faz sofrer. Quando se vai, leva com ele a força, o brilho, a vontade de viver. E sentimos o mundo pesado nas costas. Vergamo-nos ao sofrimento, vivemos só por viver. Mas, descansemos. Logo vem outro amor que, não tentando ser nem parecer o que foi o anterior e, menos ainda, querendo que o façam passar por alguém que esteve e já partiu, oferece o mais que pode. Por um sorriso. Nessa altura, podemos optar por uma de duas coisas: prolongar a "cinzentice" e cavar cada vez mais fundo o buraco deixado [para ver se chegamos à Austrália, desculpem-me a piadola, mas alguém tinha que aliviar este negrume] ou aceitar que a vida está a oferecer-nos outra oportunidade e que um coração que se obriga a não sentir não demora a tornar-se pedra. Quanto a mim, tenho sempre optado por esta última e, quando menos espero, alguém partilha comigo a sua pedra preciosa. Lentamente, depois do devido luto, aprendo a aceitá-la e o céu torna a ser azul e as flores têm as cores mais bonitas. Respiro de alívio: a vida a preto e branco, só no ecrã. E não é sempre...

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