Vi-o ontem no anfiteatro ao ar livre da Gulbenkian, no âmbito do programa Próximo Futuro. Fui mais pelo conceito de cinema ao ar livre, mas valeu principalmente pelo filme. De Walter Salles e Daniela Thomas, o filme, de 1995, retrata um Brasil caótico e o desmoronamento da vida de Paco (Fernando Alves Pinto) em virtude da morte de sua mãe. Paco desiste do sonho de ser actor e parte para Portugal, embrenhado já num negócio pouco lícito. Por cá, tudo piora. Mas cruza-se com Alex (Fernanda Torres), uma conterrânea emaranhada há muito nas teias confusas do salve-se quem puder. E o que começou por ser um encontro hostil dá lugar a um encontro de afectos, de compreensão, de amor. Um amor em fuga à procura do tal mundo prometido.
Se puderem, vejam. O Walter Salles já deu provas da sensibilidade com que trata os temas em que mexe. Ali podem ver a parte final do filme com Vapor Barato da Gal Costa. É bonita. Forte. Fica no ouvido.
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