sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tiros nos afectos

- E agora ia na rua a pensar que se me dessem um tiro no braço, tudo custava menos.
- Porque desviavas para o braço o foco da dor...

Tem razão, a J. Foi o que senti ontem quando a M. me queimou o pulso com um cigarro. O problema é que a intensidade da dor não tem nada que ver com a de se ser perpassado por uma bala, de certeza. Queimou-me, doeu, ardeu, mas 5 minutos depois já não era nada. Ao menos, com o tiro, mesmo que a dor até passasse relativamente rápido, ficava o buraquinho a lembrar que as dores físicas também são tramadas. O pior é que mesmo tramadas, acabam por passar. Ao contrário das outras...

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