[Ao telefone, esta tarde]
- Há muitos indianos por aí?
- Hum... Indianos, restaurantes ou pessoas?
- Pessoas, pessoas!
- Há, sim.
- Então já viste aquelas senhoras com um pinta vermelha na testa...?
- Sim, já! [Daaaaah!]
- Vê lá tu que um amigo meu um dia destes foi a uma loja de indianos e comprou uma lâmpada...
- Claro, uma lâmpada mágica, pôs-se a puxar-lhe o lustro... - atalho com tom irónico.
- Mau, posso contar ou não? Bem... Comprou a lâmpada, chegou a casa, começou a limpá-la e saiu de lá um génio.
- Hum, hum... - digo entre o enfadado e o "o que é que virá aí".
- Então o génio disse-lhe que podia pedir um desejo e ele pediu muito dinheiro.
- Sim... diz lá, vá! - disse eu com o ar desinteressado que faço sempre quando conversamos.
- Pá! No dia seguinte, saiu-lhe um milhão de libras na lotaria.
- Ahahah! [Parti-me toda, na verdade]
- Então fomos jantar para comemorar e tal.
- Sim... [acaba lá com isso, vá, não me faças de parva]
- Uma das empregadas era boa, muita boa e muito bonita, mas bonita mesmo, hein? Vai daí que lhe dissemos "Já que tens um génio dentro da lâmpada, pode ser que estejas numa boa maré, por isso, tenta aí a tua sorte com a empregada".
- Ah, claro! Estou mesmo a ver [Estava praticamente a desconjuntar-me pois já lhe conheço as piadas].
- O gajo começa-se a fazer a ela e pimba: leva-a para casa e dorme com ela. De manhã quando acorda olha-a em contemplação e repara novamente na pinta vermelha que ela tem na testa, esfrega a pinta e saiu-lhe um Ford Focus.
[Isto ao telefone e contado por ele teve muita piada, acreditem]
Parti-me toda, claro. Contive-me quanto pude para não lhe dar o gostinho de estar a rir de uma piada sua e, de mim para mim, perguntei-me: Como pôde algum dia este homem querer criar duas filhas e manter uma família?
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