domingo, 14 de junho de 2009

"Enquanto nos amarmos tudo corre - não é assim"

E não é mesmo. Uma reportagem da Única, fala de casais que acordam sexo todos os dias durante um mês ou um ano, non stop, como forma de estimular a libido e combater a abstinência que as rotinas diárias vão "impondo". De facto, a mim também não me parece lá muito eficaz essa ideia da obrigação. Aquilo que se torna em "tem que ser" faz perder até a pouca vontade. Tenho cá para mim que, com este tipo de soluções, estamos longe de ter percebido a fórmula - que deverá passar muito mais pelo diálogo à vontade sobre sexo e uma conquista constante. De não se ter medo de assumir que gostamos mais assim ou assado, de propor, de ousar, de falar só por falar e suscitar só o desejo nas mentes. Até estes pequenos comportamentos são galanteio! Mas claro que isto depende muito de quem temos em casa... Não vale a pena tentar transformar alguém naquilo que não é, treina-se, claro, mas a cumplicidade entre um casal não é interruptor, tem que surgir no início e ir-se aprimorando. Acho mesmo que insistir num homem ou mulher com quem não temos empatia sexual é pura perda de tempo, um adiar da frustração até se fisgar uma alternativa que - nem que seja apenas em pensamentos molhados - nos leva ao céu até ao último fôlego orgásmico. Que enjoo, sexo todos os dias para picar o ponto. Há lá orgasmo melhor que aquele guardado uns bons dias a apurar.

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