domingo, 7 de junho de 2009

Jovens eleitores

Pergunta: Explique em que sentido, para Kant, o juízo estético é desinteressado.


Resposta: "O sentido estético para kant é desinteressado, pois aprecia-mos um rapaz apenas por ser giro não faz qualquer sentido, achamo-lo giro porque pode até ser o nosso genero, mas não o estamos a apreçiar pelo que ele é por dentro".


Caras amigas, tanto teclar em torno das mais diversas dicotomias que nos assolam as mentes à custa da temática das relações interpessoais, do caos emocional, do compromisso, dos afectos, desejos e protótipos ideais. Fiquei estarrecida perante este confronto duro de uma verdade que desde sempre nos atormentou, a nós, fêmeas inquietas. Um rapaz giro é só um rapaz giro. Pura estética fria, vazia de conteúdo ou profundidade de tal consistência que nos faça largar tudo e correr para os braços do dito sem olhar para trás. Reveste-se, este rapaz, de não mais que uma capa macabra para nos enfeitiçar por instantes fugazes, de prazer imediato, para mais tarde descobrirmos, como alertava Saint-Exupéry, que o essencial é invisível aos nossos olhos. No final desta reflexão alcança-se, então, a clarividência: o âmago interessante deste rapaz habita no seu interior, por dentro, vá. Ó futilidade humana que nos encarceras neste vício do deslumbramento mundano!

Afinal, sabemo-lo agora, Kant fora um acérrimo pensador das inquietações femininas…

Tocou-me este “apontamento” deixado pelo José Ricardo Costa, por aquilo que deveria ser e não é – uma resposta fundamentada em bases teóricas, com alguma reflexão pessoal –, pela já conhecida imagem de marca acusada pelos erros ortográficos e pelo facilitismo descaradamente assumido. Para mim é, acima de tudo, assustador.