Queria escolher só uma do Abril da Cristina Branco, do Mário, do Alexandre, do Bernardo e do Ricardo, mas não consigo. Gosto de todas. Quem é capaz de juntar às cantigas do Zeca aquela musicalidade só pode estar de parabéns! E quem teve oportunidade de os ver ao vivo teve a prova provada de que aqueles meninos não brincam em serviço. [Quanto a mim, amo o Mário Delgado e o seu ar semi-louco a dar para o intelectual; já o Frazão, enfim, dá-lhe bem na bateria e sempre lavamos as vistas]
E o Zeca... meu querido Zeca, companheiro de longas tardes no sofá do avô, ainda menina. O disco já velhinho tocava as do Eu vou ser como a toupeira vezes sem conta. A minha preferida: A Morte Saiu à Rua. Recordo-te todos os dias sem banda sonora, mas hoje apetecia-me voltar a sentar-me sozinha no teu sofá, chamar o Zeca, e com as janelas da sala fechadas, esperar que viesses dar-me um abraço e oferecer-me o teu silêncio. Há muito tempo que não me fazes uma visita, avô. Nunca mais te sentaste na minha cama a fazer-me festas na cabeça enquanto trabalho à secretária. Estás zangado? Talvez tenhas ido só viajar... Quando voltares vem dizer-me olá. Fazes falta cá na terra. Gosto de ti.
Humor de cão hoje. Melancólica e saudosista. Bem portuguesa!
[Avenida de Angola, com Cristina Branco - voz, Mário Delgado - guitarra, Ricardo Dias - piano, Demian Cabaud - contrabaixo e André Sousa Machado - bateria]
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