domingo, 20 de janeiro de 2008

Quero ficar contigo, ao sol

Já sei que um dia tenho que te perder. É a lei da vida. Mas não me deixes agora, não nos deixes, pois que seremos, que faremos nós sem ti? Mais nada fará sentido nesta vida. Por isso, o melhor mesmo será partir contigo, deixar de ser, deixar-me comer pelo bicho da saudade, porque nessa altura o do amor já me terá levado o coração e qualquer possibilidade de sentir. Fazes parte de mim. Nem força terei para lutar contra as forças que me impelirão a ir contigo.

Penso em ti. Imagino o teu sorriso lindo, a tua gargalhada contagiante e começo a sorrir também. Mas há quanto tempo não passa isto de pura imaginação? Há quanto tempo não consegues libertar-te dos fantasmas que te querem levar para longe? Eu sei que lutas como ninguém para continuar por cá, mas até quando? Malvado tempo que nos consome, que nos tira a cada minuto que passa mais um minuto de vida juntas. Atrasem-se os relógios dois anos e comecemos tudo de novo. Por favor! Não peço mais nada. Juro.

Todo o tempo que passamos juntas é pouco, apesar de até o aproveitarmos bem. Apetece-me a toda hora abraçar-te, dizer que te amo e ver-te sorrir por isso. Mas parece que os abraços já não chegam, preciso sentir-te mais e não sei como. É como se cada minuto aproximasse a hora de nos deixares. Mas se o fizeres eu vou contigo. Para partilharmos a eternidade. Ao sol.

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